No dia 20 de Julho completamos 50 anos que vimos o primeiro humano tocar a lua.
Depois da Segunda Guerra Mundial ocorreu no mundo uma proliferação de filmes e shows de ficção científica. Alguns já em cores, mas a imagem em preto e branco de Neil Armstrong descendo da Apollo ficou marcada e é o que celebraremos neste aniversário.
Antes mesmo de nos conhecermos por completo, antes da civilização conhecer os polos terráqueos ou até mesmo colonizarmos as profundezas dos oceanos, decidimos explorar o espaço visitando o nosso satélite. O motivo foi uma corrida contra os Russos, Yuri Gagarin foi o primeiro a circular a terra em 1961, e o Presidente Americano John F. Kennedy estava disposto a gastar o que fosse necessário para ganhar a corrida.
A Nasa já estudava câmeras há 10 anos, e a captura da imagem de Neil dando o primeiro passo foi algo tão complexo quanto a ciência que os levou até a lua. As câmeras foram altamente modificadas para que funcionassem no espaço. Duas câmeras Hasselblads [1], uma colorida e outra em Preto&Branco foram utilizadas para filmar a descida.
Dentre as alterações nas câmeras para sobreviverem ás condições do solo lunar, vale a pena citar a pintura prata, que ajudava a regular a temperatura. Dentro da câmera onde são alojados os filmes, o compartimento também foi modificado para prata a fim de proteger as imagens.

O vidro transparente foi gravado com marcas que ajudavam a calibrar as distâncias e a altura, com eles a revelação não distorcia as imagens.

Os lubrificantes foram removidos ou substituídos pois poderiam evaporar no vácuo e condensar as superfícies das lentes.
O filme utilizado foi especiamente desenvolvido pela Kodak, eram bem mais finos e permitiam até 200 fotos em Preto e Branco, 160 coloridas. Os botões das câmeras também foram feitos maiores para facilitar o manuseio pelos astronautas e suas luvas especiais.
As câmeras seriam deixadas na superfície lunar para economizar peso no trajeto de volta á Terra. Neil Armstrong porém desobeceu e trouxe com ele a câmera de 16mm que gravou sua descida lunar. O fato só veio á tona depois do falecimento dele em 2012.
Temos portanto 12 Hasselblads brilhando na lua, junto com a famosa pegada!
